- Conhecer o espaço
- Pagar um sinal
- Receber os convites para entregar aos meninos convidados
- Escolher o tema da festa
- Escolher o respectivo bolo
- E três dias antes, nem mais nem menos, dizer quantos meninos vão e até (imagine-se) dizer os que não responderam ao convite... não vá que apareçam...
Não acho normal... e mais do que isso, irrita-me ter que alinhar nisto. Mas a Luísa vai ficar feliz e a minha casa não tem espaço suficiente para albergar mais de 20 crianças e só a ideia de ficar com tudo num caos deixa-me sem força. Por isso... alinho!
Todas estas deambulações fazem ter saudades das festas de anos que a minha mãe organizava em casa, com as minhas tias e a minha avó a ajudar: Uma trazia o bolo de bolacha, outra a bavaroise de frutos em calda, a avó ficava responsável pelo arroz doce e assim por diante até a mesa ficar colorida (os smarties e os rebuçados "diamante" substituiam as gomas de agora) e repleta de comidas maravilhosas. Os sumos Tang, as batatas fritas Pála-Pála e o bolo de aniversário, que tinha sempre uns bonequinhos de plástico cuja base ficava impreganda de uma gosma açucarada que não saia nem por nada, também não podiam faltar. Ah! e a hóstia. Uma plaquinha de um material indecifrável, mas comestível, onde vinha o nosso nome escrito no bolo de anos. Às vezes vinha escrito directamente no bolo outras vezes na tal plaquinha. Para piroso venha o diabo e escolha... Mas divertíamo-nos muito, deixávamos a casa num caos e acabávamos a noite a dormir debaixo da mesa da sala, enquanto os pais jogavam póquer sobre o pano verde. Bem mais simples não? Ah! e para organizar isto, bastava nos telefonemas (quase) diários entre as mães combinar tudo.
A vida é simples, nós é que complicamos... e muito!
5 comentários:
...e que saudades destas festas!
.....de vos ver crescer!
nota: na ementa faltou a gelatina para o tio Luis!
tens toda a razão. eu também acho que as festas em casa tinham outro encanto e custa me imenso estar a alimentar este negócio das arábias, mas... que é muito mais prático lá isso é. ainda se fosse tudo perfeito como nos livros da anita... (adorei a ilstração, tantas memórias...). bjos
lembro-me do salame da "vizinha" como se fosse hoje.... o meu avó ao meu lado e a segurar-me para eu chegar à mesa e apagar as velas... Já para não falar das festas que organizava sem os meus pais saberem e no final lá se preparava um lanche entre a familia toda... Bons tempos....
A vida é bem mais simples do que parece! E aquela história de chamar de "piroso" ao que na altura era evolução custa muito às tias e madrinhas que, na época, alinhavam numa atarefada organização para que nada faltasse ao encontro dos principes e das princesas que eram os nossos filhos, sobrinhos e afilhados...
Hoje não sei se é a necessidade que faz o marketing, ou se este provoca a necessidade.
E será que, por isso, as crianças serão mais felizes?
Beijinhos para as duas!
Desculpa lá. É tão bom.
De um pai: http://www.youtube.com/watch?v=PcPwBK2qLcs
ass: np
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