Crónica de uma desilusão anunciada

TVI24, um canal baço, gago e sem valor acrescentado!
Este é o meu primeiro comentário ao que vi entre ontem, inicio das emissões da TVI24, e esta madrugada (principio da manhã) aquando de uma estúpida insónia matinal.
O primeiro a aparecer no ecrã, Henrique Garcia, um veterano nestas lides, para além da cor baça que a imagem transmitia na generalidade, trazia um olhar inexpressivo, sem entusiasmo, quase triste. Depois o director da estação, José Eduardo Moniz, armado em pivôt, a dar uma notícia requentada. Foi um arranque sem brilho nenhum, que se não fosse pela curiosidade (quase mórbida) de ver como é que a coisa ia continuar, me teria feito pressionar com rapidez o meu remoto controlo para outro canal.
Hoje às seis da manhã a desilusão continuou... Pior, agravou-se. No ecrã dois jovens jornalistas, Bernardo e Rita, e não, não estava a ver o "Caderno Diário" ou o "Jornalinho", muito gagos, muito inseguros. Mais uma vez sem nada de novo para contar. Ainda tentaram ter uma novidade ao abordarem o estado do trânsito da cidade de Lisboa, mas até isso estava contra eles - apesar de para o comum dos mortais ser óbvio que às 06:00 não costuma ser muito habitual haver engarrafamentos.
Faltava a machadada final... Mas ao fim de 2 notícias de ontem e um boletim de trânsito vazio de conteúdo, lá apareceu: Um verdadeiro momento de "auto-sexo", como diria Woody Allen. Uma peça, com vários minutos (confesso que não contei) a mostrar a grande proeza do dia anterior... O lançamento do canal TVI24! Enfim...
E eu como sou uma rapariga persistente, depois de ter dormido mais 2 horas, achei que valia a pena voltar a verificar se os nervos do Bernardo e da Rita já se tinham acalmado e se a qualidade das notícias tinha melhorado. Às 09:30 a notícia no ar era... tcham tcham tcham tcham: "O lançamento do canal TVI24!" E o Bernardo e a Rita continuavam na mesma…
Quem sou eu para estar para aqui a falar, mas parece-me que a coisa vai ter que melhor, e depressa, porque não estamos em tempos de brincar às televisões. Não sei, digo eu!