segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Festas de anos!


Organizar uma simples festa de anos para uma criança tornou-se uma tarefa quase tão complicada como pensar nos preparativos para um casamento.
A minha filha faz 4 anos de hoje a um mês e eu, já a prever a corrida louca aos locais que organizam festas de crianças, hoje mesmo fiz a minha primeira abordagem ditos estabelecimentos. Tal como era de esperar, TUDO PRÉ-RESERVADO!!!! O que é isto? o que é isto??? Bom, mas lá encontrei um sítio disponível, para o dia e para a hora que quero fazer a festinha da Luísa, e tal como os outros PRÉ-RESERVEI prontamente... diria mesmo histericamente, não fosse aquilo escapar-me por entre os dedos. Ufa!!! Tá marcado. Agora é só passar por lá para:
  • Conhecer o espaço
  • Pagar um sinal
  • Receber os convites para entregar aos meninos convidados
  • Escolher o tema da festa
  • Escolher o respectivo bolo
  • E três dias antes, nem mais nem menos, dizer quantos meninos vão e até (imagine-se) dizer os que não responderam ao convite... não vá que apareçam...

Não acho normal... e mais do que isso, irrita-me ter que alinhar nisto. Mas a Luísa vai ficar feliz e a minha casa não tem espaço suficiente para albergar mais de 20 crianças e só a ideia de ficar com tudo num caos deixa-me sem força. Por isso... alinho!

Todas estas deambulações fazem ter saudades das festas de anos que a minha mãe organizava em casa, com as minhas tias e a minha avó a ajudar: Uma trazia o bolo de bolacha, outra a bavaroise de frutos em calda, a avó ficava responsável pelo arroz doce e assim por diante até a mesa ficar colorida (os smarties e os rebuçados "diamante" substituiam as gomas de agora) e repleta de comidas maravilhosas. Os sumos Tang, as batatas fritas Pála-Pála e o bolo de aniversário, que tinha sempre uns bonequinhos de plástico cuja base ficava impreganda de uma gosma açucarada que não saia nem por nada, também não podiam faltar. Ah! e a hóstia. Uma plaquinha de um material indecifrável, mas comestível, onde vinha o nosso nome escrito no bolo de anos. Às vezes vinha escrito directamente no bolo outras vezes na tal plaquinha. Para piroso venha o diabo e escolha... Mas divertíamo-nos muito, deixávamos a casa num caos e acabávamos a noite a dormir debaixo da mesa da sala, enquanto os pais jogavam póquer sobre o pano verde. Bem mais simples não? Ah! e para organizar isto, bastava nos telefonemas (quase) diários entre as mães combinar tudo.

A vida é simples, nós é que complicamos... e muito!

5 comentários:

Anónimo disse...

...e que saudades destas festas!
.....de vos ver crescer!
nota: na ementa faltou a gelatina para o tio Luis!

gata disse...

tens toda a razão. eu também acho que as festas em casa tinham outro encanto e custa me imenso estar a alimentar este negócio das arábias, mas... que é muito mais prático lá isso é. ainda se fosse tudo perfeito como nos livros da anita... (adorei a ilstração, tantas memórias...). bjos

Anónimo disse...

lembro-me do salame da "vizinha" como se fosse hoje.... o meu avó ao meu lado e a segurar-me para eu chegar à mesa e apagar as velas... Já para não falar das festas que organizava sem os meus pais saberem e no final lá se preparava um lanche entre a familia toda... Bons tempos....

Anónimo disse...

A vida é bem mais simples do que parece! E aquela história de chamar de "piroso" ao que na altura era evolução custa muito às tias e madrinhas que, na época, alinhavam numa atarefada organização para que nada faltasse ao encontro dos principes e das princesas que eram os nossos filhos, sobrinhos e afilhados...
Hoje não sei se é a necessidade que faz o marketing, ou se este provoca a necessidade.
E será que, por isso, as crianças serão mais felizes?
Beijinhos para as duas!

Anónimo disse...

Desculpa lá. É tão bom.
De um pai: http://www.youtube.com/watch?v=PcPwBK2qLcs
ass: np