Este é o primeiro fim-de-semana que a minha filha vai passar a casa dos avós, na companhia do pai, depois da decisão de que a nossa família ia perder o formato que conhecemos há quase quatro anos. Ganho novos hábitos... Fico na cama até às 13:00, não sei se por preguiça, se por falta de coragem de encarar a nova realidade. A casa está vazia e o silêncio é apenas interrompido pelos meus passos nas traves de madeira do chão, que insistem em ranger desde o dia em que nos mudámos para cá, e pelo insistente eco de música clássica que o vizinho de cima, maestro de profissão, insiste em ouvir nuns décibeis acima do que é recomendável para uma política de boa vizinhança. Tenho planos para o meu dia, mas é recorrente o pensamento de desistir de todos para continuar por aqui, nesta casa vazia, a ter pena de mim própria... É uma luta minuto-a-minuto que tenho que travar comigo!
Bom, vou tomar banho! Vou começar por limpar o corpo, na esperança de que a alma se refresque por arrasto.
1 comentário:
Nada de teres pena de ti própria, ó totó! Mais uma dessas e ficas sem os dentes da frente. Daqui a nada já te digo alguma coisa. Beijos
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